sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

(Resenha) Sentindo na própria pele - Mônica de Castro (ditado por Leonel)


Título: Sentindo na própria pele
Autora: Mônica de Castro (ditado por Leonel)
Editora: Gráfica
Páginas: 371
ISBN: 8585872772
Sinopse:
Nada substitui a experiência. Entretanto, quando você se apressa em julgar as atitudes alheia segundo seus próprios padrões, acredita estar de posse da verdade. Quanta ilusão! Como saber o que vai no íntimo dos outros? Como avaliar emoções que você nunca sentiu? Como saber o que vai além das aparências? Como descobrir os limites da sua resistência e certas tentações, se você nunca foi tentado?
A vaidade faz crer que você sabe a melhor solução para os problemas dos outros. A sabedoria da vida tenta mostrar-lhe o relativismo do seu julgamento, trabalhando sua inteligência de várias formas, mas se você resiste, apegado aos próprios conceitos, ela coloca em sua vida uma situação igual à que você criticou, para que, sentindo na própria pele, você possa compreender esse relativismo e aprenda a respeitar a privacidade dos outros. - Zibia Gasparetto

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"A encarnação é poderosa arma contra os medos, as culpas, os ódios, os ressentimentos... É através dela que temos a oportunidade de rever nossas faltas, entendê-las e transformá-las..." - Página 354

Pelo inicio, presumo que vocês já imaginem de que gênero é o livro. Sim, espiritismo. Fiquei com medo de fazer essa leitura, pois sou muito medrosa para "essas coisas", mas a sinopse e a "resenha" da minha mãe despertaram minha curiosidade. Comecei a leitura ontem e hoje já finalizei. 

O livro relata os tempos difíceis e sofridos da escravidão aqui no Brasil.  

Assim conhecemos a história de Mudima. Aos nove anos de idade, ela foi trazida da África em um navio negreiro, sendo apenas a única criança e do sexo feminino no meio de tanto homem. Foi dada como boneca viva a Aline, uma criança branca que pediu ao pai, como presente de aniversário, uma "negrinha". A partir deste dia, Mudima passou a chamar-se Tonha, em homenagem a uma cadelinha de Aline que morreu debaixo das patas de uma égua.

Após um tempo e graças à uma resposta atrevida de Tonha que fez sua sinhazinha refletir, elas criaram um grande laço de amizade. Tornaram-se inseparáveis, até mesmo "irmãs". Aline, sem entender o motivo, percebeu que amava Tonha imensamente. O amor era tanto que tinha a certeza de que daria sua vida pela escrava.

Já crescidas, ambas tendo se tornado belas moças, elas descobriram o "amor". Aline apaixonou-se à primeira vista por Cirilo, um jovem que iria se tornar seu "irmão". Pois a mãe dele, estava prestes a casar-se com o seu pai. Mas tanto o pai de Aline, quanto a mãe de Cirilo apoiavam o casal. Já Tonha, a escrava de Aline, se viu apaixonada por Inácio, um jovem branco, médico recém-formado e de belos olhos azuis. Ambas tiveram o amor correspondido.

"O coração guarda ressentimentos que sobrevivem por séculos, e como não conseguimos enxergar que somos nós mesmos que provocamos o mal de que somos vítimas, costumamos nos julgar injustiçados e infelizes, e nos julgamos com o direito de nos vingar de nossos semelhantes." - Página 369

Porém, o caminho que elas percorreram para tentar chegarem até a felicidade não foi fácil. Entre o amor dos dois casais, havia muita inveja até mesmo de pessoas da própria família. Ódio, raiva e diversos planos foram feitos para acabar com a alegria dos quatros jovens apaixonados. Mas tanto Aline, quanto Tônia, Inácio e Cirilo lutaram para serem felizes e sem deixarem de ser defensores dos escravos.

Depois de serem alertadas pelo espírito iluminado de Iadalin, mãe de Tonha, um acontecimento terrível acontece no dia do casamento de Aline e Cirilo.
E aí, que tragédia será essa? Será que os invejosos deixaram os apaixonados em paz? Será que eles se reencontraram em outra vida? Caso isso seja história de outra vida, por qual motivo eles voltaram reencarnados? Uma nova chance de agirem diferentes? E Tonha conquistará a sua liberdade, finalmente, casar-se com Inácio sem preocupar-se com opiniões alheias?


"... Não fosse a reencarnação, o homem estaria condenado à estagnação, visto que, perdida a oportunidade de aprender em uma única vida, não poderia tentar desvendar a razão do seu sofrimento. E, na maioria das vezes, muitas vidas são necessárias até que alcancemos a real compreensão de nós mesmos, de nossas escolhas e de nossos processos de evolução." - Página 354

Leiam o livro e tirem suas dúvidas. Recomendo muito! A história é linda, a escrita é simples e fácil de entender e a autora soube prender a atenção do leitor muito bem. Além de tudo, tenho certeza que ao terminar você se perguntará se existe uma vida após a morte e se somos algum tipo de reencarnação. Há quem acredite nessas coisas e há quem pense ao contrário. É de se emocionar, vibrar, arrepiar-se e de refletir. Espero que gostem. Beijo!


1. Muito ruim 2. Fraco 3. Bom 4. Muito Bom 5. Excelente

P.s: O livro trata-se de uma trilogia que tem como seguimento "Com o amor não se brinca" e "Lembranças que o vento traz".

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