Título: Eu sou assim, viu?
Autora: Márcia Leite
Editora: Editora Saraiva
Páginas: 32
ISBN: 9788572085472
Sobre o livro:
Monólogo de um garotinho que vive ás voltas com as cobranças da família: não ser tímido, ser mais sociável, deixar de ser medroso, brincar com o filho da visita... Ele resolve então falar (ao leitor, naturalmente) sobre o que sente nessas horas e chega à conclusão de que não quer ser como as pessoas querem, e sim como é.
Ilustrado com engenho pela mineira Denise Rochael, as falas do garoto aparecem em balões, e as imagens concretizam as situações narradas por ele. O garoto só aparece completamente no final do livro: antes, é possível ver dele um braço, uma parte da cabeça, as pernas, o que cria suspense e atiça a curiosidade do leitor.
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Vi na página do Facebook da Editora Saraiva a divulgação deste livro. Logo achei-o interessante. Por quê? Pelo fato dele abordar uma situação que ocorre em diversas famílias: cobrança. No livro, podemos ver que o personagem principal é uma criança muito cobrada. Perder a timidez e o medo são coisas que os pais dele ou qualquer outro parente vive "mandando" ele fazer. E, querendo ou não, isso vai lhe deixando cansado. Após desabafar com "você", leitor, ele tem a certeza de que não quer ser uma pessoa que ele não é. Há coisa pior que isso? Ser alguém que você não é só porque os outros querem que você seja? Acho que não.
Portanto, acho que seria um bom livro para os pais que exigem/cobram muito tal comportamento do seu filho e por crianças (ou até mesmo adolescentes) que passam por tal situação.
Quando indicaram este livro para minha filha na escola, vi na capa uma esperança de discussão construtiva sobre atitudes entre adultos e crianças. Infelizmente o teor do livro mostrou-se uma ode ao ódio. O menino não entende, não quer entender e tem ódio de seus familiares. Até insulta abertamente alguns deles! Nos comentários da autora, ficou claro que foi um desabafo desta, mas nem todas as familias são assim. Atualmente vemos até o contrário: pais e familiares que não estão nem aí com suas crianças. Sendo assim o livro foi pessimamente desenvolvido, pois não deu uma discussão propositiva e além disso criou situação de "guerra" entre o menino e sua família, sem haver solução prática.
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